Foto: Prefeitura Municipal de Alegrete
História
Alegrete
As origens de Alegrete datam de 1626 e são orinárias das Missões
Jesuítas espanholas O padre Roque Gonzalez foi o primeiro a desbravar suas
terras, entrando na região pelo rio Ibicui com o firme propósito de aumentar as
reduções no sul do país. Porém, em 1801, que Borges do Canto e Santos Pedroso,
ambos rio-grandeses, conquistassem o território para a Coroa Portuguesa.
Alegrete, Uruguaiana, Itaqui e Quaraí pertenciam a Missão de Yapeju. Sua sede
era a margem direita do Rio Uruguai.
Com a consquista desta região para o
domínio português, muitos militares paulistas requereram direito à terra e em
1812, foi semeada a primeira povoação, com o intuito de guardas a defender a
fronteira brasileira dos constantes ataques uruguaios. Mas mesmo com coragme e
lutas dos brasileiros, índios e portugueses, seguidores do general uruguaio José
Artigas, invadiram e queimaram o lugarejo, onde é conhecido como "Capela
Queimada". Como o crescente e progresso da freguesia, através do Decreto
Providencial de 25 de outubro de 1831, foi elevada a categoria de Vila,
demarcando seus limites e ganhando autonomia política. Com a eclosão da
Revolução Farroupilha, em 1835, Alegrete torna-se no período de 1842-1845, a
terceira capital da república sul-rio-grandense, e em 1857 é elevada a
cidade.
A HISTÓRIA E AS DATAS
1811 - 1816 - Período de permanência do
exército no Inhanduí, na atual Estância Santa Amazília, a 24Km da atual cidade
de Alegrete, e que popularmente recebeu o nome de Capela
Queimada.
08-Fev-1811 - D. Diogo de Souza chega ao
Ibirapuitã.
09-Fev-1811 - Estaciona, no Ibirapuitã, a Artilharia de São
Paulo, sob o comando do General Joaquim Xavier Curado.
15-Fev-1811 - D.
José da Silva Coutinho cria a Vara Eclesiástica de São Luiz Gonzaga a que
ficaram subordinadas as Sete Missões.
25-Out-1811 - Convenção entre
Portugal e a República de Buenos Aires, marcando os limites do Rio Grande do Sul
e os do Paraná com as Províncias do Prata.
12-Set-1812 - D. Diogo de
Souza deixa o comando do Exército Libertador, e retira-se para o Porto
Alegre.
1814 - O primeiro povoador do Rincão de São Miguel foi o Tenente
Hipólito Francisco de Paula, que obteve a Sesmaria de São Jerônimo, local onde
foi criada a fazenda do Pinhal.
1814 - 1816 - Duração da Capela de Nossa
Senhora Aparecida, do Inhanduí, hoje, Capela Queimada.
25-Jun-1815 - O
Marquês de Alegrete manda distribuir, em Porto Alegre e Rio Grande, as
instruções sobre as programáticas que deveriam ser observadas pelo povo, em
relação ao Clero e à nobreza.
15-Dez-1815 a 26-Abr-1821 - Reino Unido de
Portugal, do Brasil e de Algarves, tendo D. João como Rei.
08-Mar-1816 -
A Provisão Geral dividiu todo o território missioneiro em 7 freguesias. O
Distrito de Alegrete continua a pertencer à circunscrição eclesiástica da
Freguesia de São Borja, conforme decisão do Provisor Vigário Geral. São Borja é
a cabeça da Comarca, a sede da administração.
30-Mar-1816 - D. João
organiza o Exército Português (5.000 homens) na Europa que chega, nesta data, ao
Rio de Janeiro, e junta-se com 2.000 homens aqui existentes, comandados pelo
General Joaquim Xavier Curado. Este Exército era para invadir a Banda Oriental
do Uruguai, obedecendo a um plano de conquista.
01-Jun-1816 - Chega ao
Rio de Janeiro o botânico August Sain-Hillaire que vai fazer um dos mais
importantes relatos sobre o Brasil e o Rio Grande do Sul.
Ago-1816 - O
Marquês de Alegrete assume o Comando Geral das Forças na Fronteira Sudoeste, a
fim de tomar providências ordenadas pelo Rei. Desde agosto, a fronteira e, antes
mesmo, as tropas uruguaias distribuíram-se em duas colunas: uma comandada por
Andres Artigas, e outra pelo próprio D. José Artigas que, acampado no Arapeí,
enviara a vanguarda composta de 3.400 homens, dirigidos por La Torre. Dessa
maneira, procuravam apoderar-se, inicialmente, da costa do Rio Uruguai, nos Sete
Povos, que os gaúchos haviam conquistado em 1801. o Marquês de Alegrete entregou
o Comando das forças da vanguarda ao General Joaquim Xavier Curado e, sob as
ordens deste, o general José de Abreu.
16-Set-1816 - Incêndio do "Povoado
dos Aparecidos" e da Capela do Inhanduí, hoje Capela Queimada.
Set-1816
-O General Thomaz da Costa Rabelo e Silva, comandante da Coluna avançada do
General Joaquim Xavier Curado, tem seu acampamento no lugar onde hoje é a cidade
de Alegrete. O General Curado estava acampado no Ibirapuitã-Chico, margem
direita (alto Caverá), hoje, no Município de Livramento.
16-Set-1816 a
26-Dez-1816 - Período em que os fugitivos da "Capela Queimada" levam para chegar
até o local da atual cidade de Alegrete.
03-Out-1816 - O General Abreu
derrota Andres Artigas, que sitiava São Borja, e este levanta o sítio. Abreu
teve sob suas ordens um corpo de 400 índios lanceiros. Abreu era o Comandante do
Distrito de Entre-Rios (Uruguai, Ibicuí, Ibirapuitã e
Quarai).
19-Out-1816 - A vanguarda do exército de Artigas, comandada pelo
Coronel Verdun, foi derrotada pelo Brigadeiro João de Deus Menna Barreto, na
costa do Ibirocai. Os invasores entraram no Município de Alegrete, pela
fronteira de Quarai. Perda inimiga: 238 mortos e 24
prisioneiros.
20-Dez-1816 - O Marquês de Alegrete estava com seu Quartel
General no Ibirapuitã, junto ao General Curado, ao General Abreu e ao General
Thomaz da Costa, onde se abrigavam os fugitivos do Inhanduí, que se
estabeleceram próximos ao acampamento (provavelmente no local da Praça Getúlio
Vargas), na margem esquerda do Rio Ibirapuitã.
26-Dez-1816 - Data do
primeiro Batismo, realizado na legião do Exército, pelo Capelão da Legião, o
Padre José de Freitas, batismo da menina Zefirina. Essa data pode ser
considerada a efetiva certidão de nascimento da futura cidade de
Alegrete.
04-Jan-1817 - Batalha de Catalã, onde participaram o Marquês e
a Marquesa de Alegrete, o Grandioso General Abreu, o "Anjo da
Vitória".
25-Jan-1817 - Os fugitivos da Capela do Inhanduí, enviaram um
ofício ao Marquês de Alegrete, que se encontrava no Quartel-General em Quaraí,
pediram licença para erguerem uma nova capela. De fato, pouco tempo depois, o
Marquês fez construir uma pequena igreja, na colina da margem esquerda do Rio
Ibirapuitã, e forneceu dinheiro a diversos moradores para construírem suas
choupanas nesse local. Aí estabeleceu-se, então, o povo que deu origem a depois
denominada Alegrete, em homenagem ao seu fundador protetor. A primeira casa de
Alegrete foi construída pelo barqueiro do Rio Ibirapuitã que fazia a travessia
dos habitantes no local denominado Guaçu Passo (Passo Grande), onde hoje está
situada a Ponte Borges de Medeiros. A antiga casa do barqueiro era no mesmo
local da antiga Casa São Miguel, pertencente ao comerciante Fortunato Reston, na
Rua do Bom Retiro ou Rua do Passo (hoje Rua Venâncio Aires), esquina da Rua
Visconde de Tamandaré. Este local que parece ser tão longe hoje, seguramente foi
escolhido para evitar as cheias do rio.
27-Jan-1817 - O Comandante do
Distrito de Entre Rios, o Tenente Coronel José de Abreu manda iniciar a
construção das moradias para os fugitivos do Inhanduí. Quando José de Abreu
recebeu as ordens do Marquês para erguimento da povoação, ele já havia
determinado o local e iniciado realmente o povoamento, com a construção das
primeiras habitações, ali, na retaguarda das tropas, nos fundos do acampamento
do Ibirapuitã. Se Antonio José Vargas foi o "doador das terras onde está a
cidade de Alegrete", porque tinha o senhorio das terras, na qualidade de
Comandante Militar e D. Luis Telles da Silva Caminha e Menezes. 5º Marquês de
Alegrete foi o fundador legal de Alegrete, que dele tomou o nome, porque, por
sua autoridade, a "nova povoação", foi estabelecida e legalmente reconhecida em
sua qualidade de representante do Monarca Luso-brasileiro.
Fonte: CEPAL
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